Fisiologia Endócrina: Mecanismo de feedback negativo da testosterona


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   Primeiramente para entender como funciona os mecanismos de feedback negativo da testosterona, nós vamos ter que entender como ocorre a produção endógena dos hormônios gonadotróficos(LH e FSH) e da testosterona.
 Para que possa haver a produção dos hormônios gonadotróficos pela Hipófise anterior(Adeno-Hipófise), é necessário que o hipotálamo libere o hormônio peptídico GnRH(Hormônio Liberador de Gonadotrofina) que vai ter seu efeito sobre a hipófise anterior, fazendo-a sintetizar e liberar LH(Hormônio luteinizante) e FSH(Hormônio Folículo estimulante), cada um desses hormônios vão ter efeitos sobre células de tipos diferentes, o LH terá seu efeito sobre as células de testiculares de Leydig, promovendo a liberação de testosterona para a corrente sanguínea, enquanto o FSH terá sua ação sobre as células de Sertoli, com consequente espermatogênese e produção de inibinas(Hormônios peptídicos com a ação de inibir a produção de mais hormônios gonadotróficos pela adeno-hipófise). Agora que nós já discutimos como funcionam os meios de produção dos hormônios gonadotróficos e da testosterona, podemos começar a discussão sobre os mecanismos de feedback negativo da testosterona, primeiramente o feedback negativo serve para que não se produza uma quantidade muito elevada do hormônio e sim seja somente produzida a quantidade necessária do hormônio para haver a resposta biológica necessária na célula alvo. O Feedback Negativo da testosterona, ocorre ,principalmente, de duas formas,1) a testosterona em sua forma ativa estimulando as células de Sertoli a produzir o Hormônio peptídico inibina, que por sua vez vai ter seus efeitos inibitórios sobre a hipófise anterior, inibindo a produção de LH e FSH e também sobre o hipotálamo, inibindo a síntese e liberação de GnRH, 2) a segunda forma que ocorre o feedback negativo da testosterona, tem haver com a transformação da testosterona, em estradiol através da enzima aromatase e em DHT(di-hidrotestosterona) pela enzima 5-alfa redutase, a transformação da testosterona nessas outras duas formas, trará um efeito inibitório sobre o hipotálamo e a hipófise, para não haver mais a produção, respectivamente, de GnRH e de LH e FSH.
Referências:
Dr. Lucas Caseri Câmara: Esteroides Anabólico androgênicos -conceitos fundamentais-
Patricia E. Molina: Fisiologia endócrina - (Editora Lange)

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